Vantagens/ Desvantagens

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A INFLUÊNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ENSINO:
VANTAGENS E DESVANTAGENS

Resumo: este artigo tem por objetivo levantar algumas questões sobre como a influência das novas tecnologias atuam no processo de ensino-aprendizagem, levando em consideração as tendências de mercado e o crescimento exponencial do uso da Internet no Brasil e quais são as conseqüências da utilização das tecnologias em sala de aula.
Palavras-chave: tecnologias educacionais, educação, ensino-aprendizagem

INTRODUÇÃO
A educação é a base formadora de toda e qualquer sociedade, é ela que permite a organização de um grupo, para que essa possa se estabelecer no meio em que vive. A priori ela se restringia apenas a grupos dominantes e após a Revolução Industrial e Francesa, expandiu-se para todas as classes sociais.

Antigamente, a educação era composta por um professor ativo e alunos passivos, ou seja, o docente era o mentor do conhecimento, detentor de todo o saber. Havia também a educação dos pais, a primeira forma de contato com a aprendizagem. Relacionada com o comportamento, com a maneira de se vestir envolvendo questões culturais da região e de sua época.

Com o passar dos anos, a revolução da tecnologia foi transformando a forma de
ensinar, pois os meios de comunicação como rádio, televisão vêm influenciando a formação das crianças e para um determinado grupo o computador e a internet está despertando um papel fundamental no desenvolvimento educacional desses pequenos cidadãos.

As tecnologias no processo de ensino, quando acompanhadas e bem orientadas
proporcionam uma gama de conhecimento, uma infinita fonte de construção, inclusão social, como por exemplo, em diferentes áreas do saber, história, geografia, português, permitindo a inclusão de pessoas carentes e deficientes na sociedade.

Este artigo procura levantar questões acerca da influência das novas tecnologias no processo educacional e quais são as vantagens e desvantagens que essas tecnologias podem trazer às escolas e as novas gerações.

A INFLUÊNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS

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Hoje em dia, a escola não é mais a única fonte onde os alunos podem buscar
conhecimento. Na era digital, os alunos levam para a sala de aula muitas novidades e informações pesquisadas no computador de casa, lan house ou da própria escola. É muito importante o professor conhecer e entender o funcionamento dessas novas tecnologias para que os mesmos possam auxiliar os alunos a utilizarem essas ferramentas da melhor forma possível.

As formas tradicionais de compreender e de agir sobre o mundo foram reestruturadas pelas novas possibilidades de ensinar usando o mundo digital. Consequentemente, a sociedade adquiriu novas maneiras de viver, de trabalhar e de fazer a educação. O aprendizado há algum tempo atrás, restringia-se somente a escola-instituição, porém o que se percebe é que a informação rege de uma forma muito veloz. Como diz Stockhausen, citado por Keckhove (1997), enfim, a viver muitas vidas em uma só vida e compreender que, ao contrário do que se afirma “não é o mundo que é global, somos nós”. Ou, como diz Keckhove
(1997), “como nômades telemáticos libertamo-nos dos constrangimentos de uma coincidência histórica entre o espaço e o tempo e ganhamos o poder de estar em todos os lugares sem sairmos do lugar”.

O crescimento exponencial da Internet mostra que as fronteiras geográficas não são mais os limites para a busca de informações. McLuhan (2002) declarou no final da década de 60 que o meio é a mensagem e que todos vivemos em uma aldeia global. Da década de 60 para os dias atuais surgiu uma nova maneira de viver, onde a realidade virtual se sobrepõe a realidade dos fatos, mas que ainda não sabemos como utilizá-la. Com a evolução tecnológica, percebe-se que a utilização das mesmas acarreta em uma qualidade de aprendizagem, no desenvolvimento de processos e habilidades do pensamento.

Nesse sentido, o professor deve ser o mediador dessa relação buscando trabalhar habilidades e competências diferenciadas.
Há sim muitas formas de aproveitar esses recursos para o aprendizado: pesquisas, jogos que estimulam o raciocínio lógico saudável, não disputas violentas, softwares educacionais com diferentes propósitos. Sendo assim, a informatização necessita obrigatoriamente de capacitação, formação dos professores, para que tudo o que está disponível possa ser realmente útil e colabore para uma globalização justa, responsável e que oportunize o saber, a igualdade entre as classes, etnias, enfim, para todo e qualquer cidadão.

Através das novas tecnologias, há uma grande interação na busca pelo conhecimento, que passa a ser participativa e cooperativa, promovendo a autonomia e a responsabilidade do aluno na construção do processo ensino aprendizagem. A incorporação de meios tecnológicos na escola deve ser considerada como parte da cultura escolar.
Entretanto, a informática na educação é uma realidade, mas ainda está longe de ser uma totalidade e talvez essa seja a grande dificuldade, pois a maioria dos educadores não possuem conhecimento suficiente para a utilização dessas tecnologias de maneira correta, bem como as escolas que já possuem esses recursos. Atualmente, as crianças que têm acesso utilizam, muitas vezes, sem restrições, o que, certamente se torna um grande problema para o
desenvolvimento e até riscos, sendo uma das desvantagens das tecnologias de ensino.

No Brasil, de acordo com uma pesquisa Ibope/NetRatings de fevereiro, dos 32,1
milhões de internautas brasileiros, 1,35 milhão são crianças na faixa de 6 e 11 anos. Nos Estados Unidos, cerca de 90% da população entre 2 e 15 anos usa computadores (MELLO e
VICÁRIA, 2007).
Os educadores dizem que não há mais como o computador não fazer parte do
cotidiano. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, publicaram no ano passado um estudo com alunos de escolas públicas americanas no qual concluem que o rendimento escolar dos alunos que usam computadores para pesquisas e jogos educativos subiu de 72% apara 79% (MELLO e VICÁRIA, 2007).

A geração atual já nasceu sob a influência da tecnologia e a encara com a maior naturalidade. A grande questão que deve ser discutida é a de como trabalhá-las com os alunos, visto os acontecimentos que surgem pelo mau uso das mesmas.

CONCLUSÃO
Com tantas inovações e possibilidades individuais de aprendizagem, questiona-se o quanto este distanciamento pessoal pode acarretar em um individualismo generalizado na sociedade, tornando as pessoas mais distantes e introspectivas. Já que as relações sociais são um ponto chave para a educação, cabe aos professores mediar estas inovações da sociedade para que a afetividade não seja substituída pela tecnologia.

Contudo, ensinar e aprender estão sendo desafiados como nunca, com informações, conhecimentos múltiplos e diferentes visões de mundo. Dessa forma, educar tornou-se mais difícil, acompanhando a complexidade da sociedade. É necessário repensar a educação, reaprender a ensinar, a participar com os alunos de novos conhecimentos. As novas tecnologias da informação e comunicação trazem novas perspectivas, não só de educação,
mas também de sociedade, transformando o longe no perto e o acesso ilimitado ao conhecimento uma possibilidade universal.

As tecnologias da educação são grandes aliadas da educação, se bem aproveitadas, possibilitam uma aprendizagem com eficiência e rapidez. Sendo assim, tudo que se fizer em prol da correta utilização da informática, certamente se estará indo em direção de um futuro promissor na área do desenvolvimento humano.
Os ambientes tecnológicos educacionais vêm de encontro ao educador no sentido de ajudar e auxiliar nos métodos educacionais empregados, ligando os objetivos educacionais e a prática escolar. É no âmbito educacional que valores mais gerais e duradouros chocam-se com os contextos vividos, os quais estão implícitos nos objetivos e conteúdos.

As escolas são o ponto mais importante em que a tecnologia e o ensino-aprendizagem se encontram. O lugar onde se exige do educador planejamento, criatividade conforme as suas práticas e habilidades educacionais. Na educação a tecnologia se justifica como um ramo privilegiado para a didática, onde o educador encontra quase tudo o que precisa vindo assim a
aperfeiçoar constantemente o ensino-aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KERCKHOVE, Derrick. A Pele da Cultura. Uma investigação sobre a nova realidade
electrónica. Lisboa: Relógio D’água, 1997.

MCLUHAN, Marshall. Os Meios de Comunicação Como Extensões do Homem. São
Paulo: Cultrix, 2002.

MELLO, Kátia; VICÁRIA, Luciana. Os filhos da era digital. Revista Época, nº. 486, pg. 82-
90, set.2007.

FONTE: http://guaiba.ulbra.tche.br/pesquisas/2007/artigos/pedagogia/268.pdf